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O Parkinson é uma doença degenerativa e lentamente progressiva de áreas específicas do cérebro. É caracterizada pelo tremor quando os músculos estão em repouso (tremor de repouso), aumento no tônus muscular (rigidez), lentidão dos movimentos voluntários e dificuldade de manter o equilíbrio (instabilidade postural).
A progressão da doença pode levar a demência.
A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum do sistema nervoso central após a doença de Alzheimer. Ela afeta
– Cerca de 1 em 250 pessoas com 40 anos de idade ou mais
– Cerca de 1 em 100 pessoas com 65 anos de idade ou mais
-Cerca de 1 em 10 pessoas com 80 anos de idade ou mais
A doença de Parkinson normalmente começa entre os 50 e 79 anos. Raramente, ela ocorre em crianças ou adolescentes.
Na doença de Parkinson, a sinucleína (uma proteína no cérebro que ajuda as células nervosas a se comunicarem) forma aglomerados chamados corpos de Lewy nas células nervosas. Os corpos de Lewy consistem em sinucleína anômala (mal dobrada). A sinucleína pode se acumular em várias regiões do cérebro, principalmente na substância negra (na profundidade do telencéfalo) e interferir na função cerebral.
Parkinsonismo secundário é a disfunção cerebral caracterizada por bloqueio dopaminérgico dos gânglios da base e que é semelhante à doença de Parkinson, mas a causa é algo mais do que doença de Parkinson (p. ex., fármacos, doença cerebrovascular, traumatismo, alterações pós-encefalíticas).
Parkinsonismo atípico refere-se a um grupo de doenças neurodegenerativas que têm algumas características semelhantes àquelas da doença de Parkinson, mas apresentam algumas características clínicas diferentes, prognóstico pior, resposta modesta ou nenhuma à levodopa e patologia diferente (p. ex., doenças neurodegenerativas como atrofia multissistêmica, paralisia supranuclear progressiva, demência com corpos de Lewy e degeneração corticobasal).
OBSERVAÇÃO:
Sintomas neurológicos não relacionados ao parkinsonismo geralmente se desenvolvem visto que a sinucleinopatia ocorre em outras áreas do sistema nervoso central, sistema nervoso periférico e SNA. Seguem alguns exemplos:
-Denervação quase universal simpática do coração, contribuindo para hipotensão ortostática
-Dismotilidade esofagiana, contribuindo para disfagia e maior risco de aspiração
-Dismotilidade intestinal inferior, contribuindo para a constipação
-Urgência e/ou hesitação para urinar, levando potencialmente à incontinência (comum)
-Anosmia (comum)
Em alguns pacientes, alguns desses sintomas ocorrem antes dos sintomas motores da doença de Parkinson e frequentemente pioram ao longo do tempo.
A dermatite seborreica também é comum.
TRATAMENTO:
Para o tratamento ainda hoje, concentram-se em manter a qualidade de vida o máximo possível, pois se trata de uma doença sem cura.
As medidas gerais usadas para tratar a doença de Parkinson podem ajudar a pessoa a melhorar suas funções diárias.
Muitos medicamentos podem facilitar os movimentos e permitir que a pessoa aja de modo eficiente por muitos anos. O tratamento principal para a doença de Parkinson se baseia de: Precursor da dopamina – Levodopa e associações – Carbidopa/levodopa (fundamento do tratamento). Agonistas da dopamina, Inibidores da MAO-B, Inibidores da COMT [catecol-O-metiltransferase (ICOMT)] e em último caso, anticolinérgicos.
Outras medidas seriam:
-Fisioterapia e terapia ocupacional
-Às vezes, cirurgia (incluindo estimulação profunda do cérebro)
E tratamentos experimentais
-Células-tronco
-Tratamento de sintomas mentais.
Fonte:
MSD Manuals – Versão para Profissionais de Saúde. Doença de Parkinson. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson#:~:text=A%20doen%C3%A7a%20de%20Parkinson%20%C3%A9,postural%20e%2Fou%20de%20marcha.