Educação em Saúde: da teoria para a prática

<strong>Educação em Saúde: da teoria para a prática</strong>

Tempo de leitura: 3 minutos

Carolina Maria Xaubet Olivera é Doutora em Ciências e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. Atualmente, membro da equipe de farmacêuticos do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos – Cebrim, do Conselho Federal de Farmácia

“Declaro a ausência de conflito de interesses ao expressar a minha opinião pessoal sobre o tema e não reflete necessariamente a opinião do órgão que tenho vínculo empregatício.”

A educação em saúde é uma das 137 áreas de atuação do farmacêutico, mas esta não é uma atividade privativa do farmacêutico, podendo ser exercida por outros profissionais da saúde. 

Uma vez que o conhecimento em saúde é complexo e envolve, diferentes especialidades, o trabalho em equipe multidisciplinar é desejável. Esses esforços de colaboração demonstraram promover resultados positivos para os pacientes. 

As ações educativas são importantes para todas as faixas etárias e sua implantação é uma necessidade. Por isso, quanto mais cedo essa intervenção for iniciada, de preferência na infância, melhores serão os resultados. 

O impacto positivo para a promoção da saúde, uso racional de medicamentos, qualidade de vida, adesão às campanhas de vacinação, custo-benefício já estão bem estabelecidos nos estudos. 

Educar para a saúde é uma tecnologia de baixo custo, diante da premissa que prevenir é mais fácil e mais barato do que tratar. 

Existem iniciativas, que muitas vezes, são localizadas, não registradas e temporárias. Precisamos que os esforços locais se unam em âmbito nacional, resultando em políticas públicas que invistam em educação em saúde de forma permanente e abrangente.

Seguem alguns exemplos de iniciativas nacionais em educação em saúde:

– O Programa Saúde nas Escolas (PSE)

– Educanvisa, promovido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

Site: http://antigo.anvisa.gov.br/en/educanvisa 

– Programa de Educação em Saúde na Pediatria (Cacilda, saúde e cia), promovido pelo Cebrim/CFF. Site: www.cff.org.br/turmadacacilda

Referências:

Conselho Federal de Farmácia – CFF. Guia multiprofissional de educação em saúde na pediatria [livro eletrônico] coordenação José Luis Miranda Maldonado. — Brasília, DF: CFF, 2022. PDF. Vários autores. Bibliografia. ISBN 978-65-87599-24-3.

Gianfredi V, Monarca S, Moretti M, Villarini M. Educazione sanitaria, quale ruolo per il farmacista? Risultati di uno studio trasversale in Umbria [Health education, what is the role for pharmacist? Results from a cross sectional study in Umbria, Italy.]. Recenti Prog Med. 2017;108(10): 433-41.

Geetha Priya PR, Asokan S, Janani RG, Kandaswamy D. Effectiveness of school dental health education on the oral health status and knowledge of children: A systematic review. Indian J Dent Res. 2019; 30(3): 437-49.

Ghaffari M, Rakhshanderou S, Ramezankhani A, Noroozi M, Armoon B. Oral Health Education and Promotion Programmes: Meta-Analysis of 17-Year Intervention. Int J Dent Hyg. 2018; 16(1): 59-67.

Kew KM, Carr R, Donovan T, Gordon M. Asthma education for school staff. Cochrane Database of Systematic Reviews. (4): 2017. 

Linhares FMP, Abreu WJC, Melo POC, Ryanne Carolynne, Mendes MG, Silva TA, Gusmão TLA. Efetividade de intervenções educacionais na prevenção das infecções respiratórias: revisão sistemática e metanálise. Rev Bras Enferm. 2022; 75(4): e20210522.

Mansyura S, MasyithaIrwan A, Arafat R, Hardianto Y. Effective health education methods to improve self-care in older people with chronic heart failure: A systematic review. Health Sciences Review. Health Sciences Review; (5): 2022.

Nekola L, Tucker J, Locke E, Chermak E, Marshall T. Pediatric interprofessional education opportunities in entry-level doctor of physical therapy programs, Journal of Interprofessional Education & Practice.2022; 29.

Olivera CMX, Vianna EO, Bo RC, Menezes MB, Ferraz E, Cetlin AA et al. Asthma self-management model: randomized controlled trial. Health Educ Res. 2016; 31(5): 639-52.

Plutzer E, Warner SB.  A potential new front in health communication to encourage vaccination: Health education teachers. 39 (33): 2021: 4671-7.

1 comentário


  1. Vejo o farmacêutico como um dos melhores profissionais para fazer educação em saúde!!
    A aproximação junto à comunidade, em drogarias, farmácias públicas e privadas são cenários que favorecem o exercício da educação em saúde!

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *