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Tais patologias apresentam muita similaridade, entretanto possuem algumas diferenças relevantes a todos os profissionais de saúde entenderem.
Veja:
HERPES LABIAL
- Predominantemente causado pelo HSV-1, mas o HSV-2 também pode ser responsável por alguns casos.
- As lesões se concentram na região da boca, lábios e face adjacente.
Sintomas:
- Formigamento, coceira ou queimação na área afetada;
- Aparecimento de bolhas dolorosas que se rompem e formam crostas;
- Febre, dor de cabeça e mal-estar geral (em alguns casos).
Transmissão:
- Transmissão via contato direto com as lesões herpéticas, através de beijo, compartilhamento de utensílios ou contato com a saliva contaminada.
- O vírus pode ser transmitido mesmo na ausência de lesões visíveis, durante a fase assintomática.
Após a infecção inicial, o vírus permanece latente nos gânglios nervosos e pode reativar periodicamente, causando novos surtos de herpes labial.
Os gatilhos para a reativação podem incluir estresse, exposição solar, fadiga, menstruação, privação de sono e baixa imunidade.
A Herpes labial pode ser transmitido para região genital da pessoa infectada ou de terceiros, pelo contato direto e indireto com a lesão herpética.
ATENÇÃO:
A prevalência do herpes labial no mundo é extremamente alta, estimada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em cerca de 70% da população mundial. Isso significa que sete em cada dez pessoas já entraram em contato com o vírus herpes simplex (HSV-1), responsável pela maioria dos casos de herpes labial.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aponta números ainda mais altos, com prevalência estimada entre 90% e 99% da população adulta.
É importante destacar que, mesmo tendo entrado em contato com o vírus, nem todas as pessoas desenvolvem os sintomas do herpes labial. Estima-se que apenas 20% a 30% dos indivíduos portadores do HSV-1 apresentem surtos recorrentes da doença.
HERPES GENITAL
- Geralmente causado pelo HSV-2, embora o HSV-1 possa estar envolvido em um número menor de casos.
- As lesões acometem os órgãos genitais masculinos e femininos, podendo também se manifestar na região perianal e nas nádegas.
- Herpes genital é considerado uma Infecção Sexualmente Transmissível – IST.
Sintomas
- Formigamento, coceira ou dor na região genital;
- Bolhas dolorosas que se rompem e formam crostas;
- Corrimento vaginal ou peniano (em alguns casos);
- Dificuldade para urinar;
- Íngua inguinal (inchaço dos gânglios linfáticos na virilha).
Transmissão
- Transmissão principalmente por via sexual, através do contato direto com as lesões herpéticas.
- O risco de transmissão aumenta durante a fase ativa da doença, quando as lesões estão presentes.
- O vírus também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto, especialmente em casos de herpes genital ativo no momento do parto.
Similarmente ao herpes labial, o vírus do herpes genital permanece latente nos gânglios nervosos e pode reativar periodicamente, causando novos surtos de herpes Os gatilhos para a reativação podem incluir estresse, exposição solar, fadiga e relações sexuais com grande atrito, privação de sono, baixa imunidade.
IMPORTANTE:
Em caso de bolhas com sensação de queimação que causam feridas da pele, procure auxílio médico para diagnóstico.
Tratamento:
- Medicamentos como Aciclovir, Valaciclovir e Famciclovir podem ser utilizados para reduzir a duração e a gravidade dos surtos, além de prevenir a recorrência.
- Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para aliviar a dor e o desconforto.
Cuidados Gerais: Manter a área das lesões limpa e seca, evitar coçar as feridas e praticar sexo seguro são medidas importantes para prevenir a transmissão e o agravamento dos sintomas.
O contato das lesões genitais com lábios e outras partes do rosto podem transmitir a herpes, seja para terceiros como a auto transmissão.
Prevenção:
- Vacina: Não existe vacina disponível para o herpes labial ou genital.
- Práticas Sexuais Seguras: O uso de preservativos durante todas as relações sexuais pode reduzir significativamente o risco de transmissão do HSV.
- Evitar Contato com Lesões: Evitar o contato direto com
A prevalência mundial do herpes genital varia de acordo com diversos fatores, como idade, sexo, região geográfica, nível socioeconômico e hábitos sexuais, dificultando a definição de um único valor preciso.
No entanto, estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, globalmente, entre 11% e 14% das pessoas com idade entre 15 e 49 anos são portadoras do vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2).
Em alguns países, como os Estados Unidos, a prevalência do HSV-2 pode chegar a 20% na população adulta.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que a prevalência do HSV-2 varia entre 13% e 37% da população com idade entre 18 e 49 anos, com maior prevalência entre as mulheres (23%) do que os homens (10%).
E A CURA?
Infelizmente, não existe cura para o herpes, nem para o labial nem para o genital. Isso porque o vírus herpes simplex se instala e fica latente nos gânglios nervosos do corpo.
Por isso, caso você possua o vírus da herpes simplex (HSV), cuide-se sempre que houver uma reativação viral e evite a transmissão.
Por: Vinícius Lôbo – Farmacêutico Clínico e Virologista
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REFERÊNCIAS:
– Ministério da Saúde. Hespes (Cobreiro). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/herpes
– Organização das Nações Unidas – OMS. Cerca de dois terços das pessoas com menos de 50 anos tem herpes. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2015/10/1529921#:~:text=O%20v%C3%ADrus%20do%20herpes%20simples,feridas%E2%80%9D%20ao%20redor%20da%20boca.
– Centers for Disease Control and Prevention – CDC. Herpes. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/herpes/default.htm
– Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD. Herpes. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/herpes/
O Herpes labial e o Herpes genital são doenças virais recorrentes causadas por cepas semelhantes do vírus herpes simplex (HSV).
Tais patologias apresentam muita similaridade, entretanto possuem algumas diferenças relevantes a todos os profissionais de saúde entenderem.
Veja:
HERPES LABIAL
- Predominantemente causado pelo HSV-1, mas o HSV-2 também pode ser responsável por alguns casos.
- As lesões se concentram na região da boca, lábios e face adjacente.
Sintomas:
- Formigamento, coceira ou queimação na área afetada;
- Aparecimento de bolhas dolorosas que se rompem e formam crostas;
- Febre, dor de cabeça e mal-estar geral (em alguns casos).
Transmissão:
- Transmissão via contato direto com as lesões herpéticas, através de beijo, compartilhamento de utensílios ou contato com a saliva contaminada.
- O vírus pode ser transmitido mesmo na ausência de lesões visíveis, durante a fase assintomática.
Após a infecção inicial, o vírus permanece latente nos gânglios nervosos e pode reativar periodicamente, causando novos surtos de herpes labial.
Os gatilhos para a reativação podem incluir estresse, exposição solar, fadiga, menstruação, privação de sono e baixa imunidade.
A Herpes labial pode ser transmitido para região genital da pessoa infectada ou de terceiros, pelo contato direto e indireto com a lesão herpética.
ATENÇÃO:
A prevalência do herpes labial no mundo é extremamente alta, estimada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em cerca de 70% da população mundial. Isso significa que sete em cada dez pessoas já entraram em contato com o vírus herpes simplex (HSV-1), responsável pela maioria dos casos de herpes labial.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aponta números ainda mais altos, com prevalência estimada entre 90% e 99% da população adulta.
É importante destacar que, mesmo tendo entrado em contato com o vírus, nem todas as pessoas desenvolvem os sintomas do herpes labial. Estima-se que apenas 20% a 30% dos indivíduos portadores do HSV-1 apresentem surtos recorrentes da doença.
HERPES GENITAL
- Geralmente causado pelo HSV-2, embora o HSV-1 possa estar envolvido em um número menor de casos.
- As lesões acometem os órgãos genitais masculinos e femininos, podendo também se manifestar na região perianal e nas nádegas.
- Herpes genital é considerado uma Infecção Sexualmente Transmissível – IST.
Sintomas
- Formigamento, coceira ou dor na região genital;
- Bolhas dolorosas que se rompem e formam crostas;
- Corrimento vaginal ou peniano (em alguns casos);
- Dificuldade para urinar;
- Íngua inguinal (inchaço dos gânglios linfáticos na virilha).
Transmissão
- Transmissão principalmente por via sexual, através do contato direto com as lesões herpéticas.
- O risco de transmissão aumenta durante a fase ativa da doença, quando as lesões estão presentes.
- O vírus também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto, especialmente em casos de herpes genital ativo no momento do parto.
Similarmente ao herpes labial, o vírus do herpes genital permanece latente nos gânglios nervosos e pode reativar periodicamente, causando novos surtos de herpes Os gatilhos para a reativação podem incluir estresse, exposição solar, fadiga e relações sexuais com grande atrito, privação de sono, baixa imunidade.
IMPORTANTE:
Em caso de bolhas com sensação de queimação que causam feridas da pele, procure auxílio médico para diagnóstico.
Tratamento:
- Medicamentos como Aciclovir, Valaciclovir e Famciclovir podem ser utilizados para reduzir a duração e a gravidade dos surtos, além de prevenir a recorrência.
- Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para aliviar a dor e o desconforto.
Cuidados Gerais: Manter a área das lesões limpa e seca, evitar coçar as feridas e praticar sexo seguro são medidas importantes para prevenir a transmissão e o agravamento dos sintomas.
O contato das lesões genitais com lábios e outras partes do rosto podem transmitir a herpes, seja para terceiros como a auto transmissão.
Prevenção:
- Vacina: Não existe vacina disponível para o herpes labial ou genital.
- Práticas Sexuais Seguras: O uso de preservativos durante todas as relações sexuais pode reduzir significativamente o risco de transmissão do HSV.
- Evitar Contato com Lesões: Evitar o contato direto com
A prevalência mundial do herpes genital varia de acordo com diversos fatores, como idade, sexo, região geográfica, nível socioeconômico e hábitos sexuais, dificultando a definição de um único valor preciso.
No entanto, estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, globalmente, entre 11% e 14% das pessoas com idade entre 15 e 49 anos são portadoras do vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2).
Em alguns países, como os Estados Unidos, a prevalência do HSV-2 pode chegar a 20% na população adulta.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que a prevalência do HSV-2 varia entre 13% e 37% da população com idade entre 18 e 49 anos, com maior prevalência entre as mulheres (23%) do que os homens (10%).
E A CURA?
Infelizmente, não existe cura para o herpes, nem para o labial nem para o genital. Isso porque o vírus herpes simplex se instala e fica latente nos gânglios nervosos do corpo.
Por isso, caso você possua o vírus da herpes simplex (HSV), cuide-se sempre que houver uma reativação viral e evite a transmissão.
REFERÊNCIAS:
– Ministério da Saúde. Hespes (Cobreiro). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/herpes
– Organização das Nações Unidas – OMS. Cerca de dois terços das pessoas com menos de 50 anos tem herpes. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2015/10/1529921#:~:text=O%20v%C3%ADrus%20do%20herpes%20simples,feridas%E2%80%9D%20ao%20redor%20da%20boca.
– Centers for Disease Control and Prevention – CDC. Herpes. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/herpes/default.htm
– Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD. Herpes. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/herpes/