Estimulantes sexuais: quais temos no Brasil?

Tempo de leitura: 7 minutos

A disfunção erétil (DE), popularmente conhecida como impotência sexual, é a dificuldade persistente de obter e/ou manter uma ereção suficiente para permitir uma atividade sexual satisfatória, que possibilite a penetração.

Neste artigo falaremos sobre alguns medicamentos, denominados de estimulantes sexuais masculinos, empregados para solucionar este tipo de problema. Aqui retrataremos qual sua apresentação reconhecia pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA), benefícios e prejuízos que seu uso pode acarretar.

Com isso, vejamos alguns exemplos:

VIAGRA®

O Viagra® (Citrato de Sildenafila ou Citrato de Sildenafil), produzido pela Pfizer, foi o primeiro medicamento a ser aprovado para uso em caso de DE.

Tem como suas principais apresentações:

Viagra® comprimidos revestidos de 25 mg em embalagem contendo 4 comprimidos.
Viagra® comprimidos revestidos de 50 mg em embalagens contendo 1, 2, 4 ou 8 comprimidos.
Viagra® comprimidos revestidos de 100 mg em embalagem contendo 4 comprimidos.

Viagra® atua favorecendo o relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos (principal estrutura erétil do pênis) e a dilatação das artérias que levam o sangue até eles, facilitando a entrada de sangue no pênis e consequentemente, favorecendo a ereção. Para que o Viagra® seja eficaz, é necessário estímulo sexual.

É administrado por via oral e indicado em dose única diária, aproximadamente 1 horas antes da relação sexual. Trás como principal efeito adverso: dores de cabeça (cefaleia). Há relatos detonturas, visão distorcida, rubor facial e enjoos, também.

Em casos raros o fabricante traz a observação da interrupção do uso do mesmo, em caso de diminuição ou perda repentina da audição e visão.

Mas de forma geral o seu uso é seguro e satisfatório por cerca de 88% dos usuários.

CIALIS®

O Cialis® (Tadalafila), produzido pelos Laboratórios Eli Lilly do Brasil, chegou ao mundo com o intuído de ter efeitos melhores e mais rápidos no organismo humano que o Viagra®. Este também é um medicamento indicado para o tratamento de Disfunção Erétil.

Suas apresentações no Brasil são:

Cialis® comprimidos revestidos, em embalagens contendo 1, 2, 4, 8 e 12 comprimidos, de 20 mg.
Cialis® uso diário, comprimidos revestidos, em embalagem contendo 28 comprimidos, de 5 mg.

Cialis® é um medicamento para o tratamento da dificuldade de obtenção e/ou manutenção da ereção do pênis (DE). Quando um homem é sexualmente estimulado, a resposta física normal do seu corpo é o aumento do fluxo sanguíneo no pênis. Isso resulta em uma ereção. O Cialis® ajuda a aumentar o fluxo de sangue no pênis e pode auxiliar homens com disfunção erétil a obterem e manterem uma ereção satisfatória para a atividade sexual.

Este medicamento também deve ser utilizado por via oral, sendo ingerido inteiro, com ou sem alimentos, uma vez ao dia, agindo em média em com 30 minutos, por ingestão e podendo ter efeito de até 36 horas.

Seu principal efeito adverso também é a dor de cabeça (cefaleia) , que aparece em apenas 10% dos usuários. Este medicamento é contra indicado para pacientes que sofrem de problemas cardíacos, tais como angina e insuficiência cardíaca, assim como pacientes que necessitam de diálise.

Este medicamento é seguro e bem eficaz no tratamento da disfunção erétil.

LEVITRA®

O Levitra® (Cloridrato de Vardenafila), produzido pela Bayer, também é um medicamento usado para o tratamento da disfunção erétil. Este medicamento é comercializado no Brasil nas apresentações:

Levitra® é apresentado na forma de comprimidos revestidos, nas dosagens de 5 mg, 10 mg e 20 mg. A dosagem de 5 mg é apresentada em embalagem com 4 comprimidos, a dosagem de 10 mg é apresentada em embalagem com 1 comprimido e a dosagem de 20 mg é apresentada em embalagens com 2, 4 ou 8 comprimidos.

Levitra® deve ser ingerido no máximo uma vez por dia, cerca de 25 a 60 minutos antes da atividade sexual. O tempo para início do efeito varia ligeiramente de pessoa para pessoa, mas normalmente ocorre entre 10 e 60 minutos após sua administração. Nos estudos clínicos realizados, a vardenafila mostrou-se eficaz quando administrada até 4 a 5 horas antes da relação sexual. Todavia, para que a resposta ao tratamento seja obtida, é necessário que exista estímulo sexual.

A Vardenafila tem propriedades de dilatação dos vasos, o que pode levar a reduções leves e transitórias da pressão arterial. A dilatação dos vasos também pode afetar algumas doenças de valva cardíaca. É contra indicado seu uso concomitante com nitratos e doadores de óxido nítrico, bem como para aqueles pacientes que estão em tratamento do HIV por Ritonavir.

Este também é um medicamento que não é indicado para o uso em mulheres e nem por menores de 18 anos.

Seus principais efeitos adversos observados são: dores de cabeça, tontura e vasodilatação.

Sua principal vantagem em relação aos outros estimulantes aqui já apresentados, está no fato de ser bem aceito por pacientes que fazem terapia anti-hipertensiva. Embora possua uma meia vida bem curta de 6 horas, se comparada com os outros medicamentos de sua classe, este também obteve um índice de sucesso em cerca de 90% dos usuários.

VIVANZA®

Uma observação importante a se fazer é que no Brasil também encontramos o medicamento chamado VIVANZA® (Cloridrato de Vardenafila), produzida e comercializada pela Medley Indústria Farmacêutica.

Vivanza® é apresentado na forma de comprimidos revestidos nas seguintes dosagens:

5 mg: embalagem com 2 comprimidos;
10 mg: embalagens com 2 e 4 comprimidos;
20 mg: embalagem com 4 comprimidos.

Vivanza® e Levitra® possuem as mesmas características e princípio ativo. Em termos gerais conseguimos encontrar formas farmacêuticas do medicamento Vivanza® em apresentações de 10 mg e 20 mg por 1 ou 2 reais mais barato que o Levitra®.

HELLEVA®

O Helleva® (Carbonato de Iodenafila), que é produzido pela Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos, também é um estimulante sexual comercializado no Brasil, porém ainda pouco conhecido.

Apresenta-se em comprimidos simples de 80 mg em embalagens contendo 2 e 4 comprimidos. Há também embalagens fracionáveis contendo 20 comprimidos.

Este medicamento é indicado para homens com dificuldade para obter ou manter ereções adequadas ao bom desempenho sexual, funcionando como os outros doadores de óxido nítrico.

Helleva® facilita a ereção do pênis porque auxilia o relaxamento dos corpos cavernosos. Este relaxamento facilita a obtenção e/ou manutenção da ereção. O Helleva® não aumenta o desejo sexual nem provoca ereções, apenas facilita o aparecimento da ereção após o estímulo sexual. Após o uso, o tempo médio estimado para início da ação terapêutica do Helleva® é de 40 minutos, com duração do efeito de aproximadamente 6 horas.

O intervalo mínimo de uma dose para outra de Helleva® deve ser de 24 horas.

Sua contra indicação também é imposta a pacientes que sofrem de angina e insuficiência cardíaca. E também não deve ser utilizado por mulheres e crianças.

Este medicamento é muito bem tolerado pelos usuários, tendo como efeito adverso mais comum a cefaleia, que ocorre em menos de 10% dos usuários.

Estes são os medicamentos que hoje estão com registro validado pela ANVISA. Vale lembrar também que não existe nenhuma fórmula mágica capaz de resolver todos os problemas do mundo.

Aqui não foi relatado informações sobre fitoterápicos com ação estimulante, pois estes pouco têm eficácia comprovada para o tratamento da disfunção erétil e recorrentemente são retirados do mercado pela ANVISA.

IMPORTANTE:

Não utilize mais do que 1 medicamento desses, citado aqui, por vez e em caso de dúvidas, procure o médico ou Farmacêutico.

Referências

Sociedade Brasileira de Urologia [Disfunção Erétil]

Bula Pfizer, Viagra®

Bula Lilly, Cialis®,

Bula Bayer Pharma, Levitra®

Bula Medley, Vivanza®

Bula Cristália Produtos Químicos Farmacêutico, Helleva®

Crédito da imagem: pxhere

2 Comentários


  1. Preciso de um remédio para disfunção erétil estou com muitos problemas mas vocês me indicam algum que funcione e não faça mal

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    1. Avatar photo

      Caro Jair,
      Para poder lhe ajudar, seria preciso saber mais sobre seu problema e sobre seu histórico médico, uma vez que essa pode ser uma questão de ordem orgânica ou psicológica. Também seria recomendado procurar um urologista para que ele possa avaliar e indicar uma melhor solução.

      Vinícius Lôbo

      Responder

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